domingo, 14 de agosto de 2011

Doença

São quase duas horas da manhã e eu me levanto do computador para ir ao banheiro. Pego um livro do Bukowski para leitura, por algum motivo sinto uma vontade interior de ser que nem ele, triste, solitário, mas com uma capacidade encantadora de narrar a minha tragédia. Nunca funcionaria, não tenho nenhuma tragédia para narrar.

Estou quase no fim da cagada e na metade de um conto quando começo a ouvir um grito vindo da rua. Termino a cagada, executo os procedimentos de limpeza apropriados e me aproximo da janela do banheiro, que da pra área, para escutar melhor os gritos.

- Ai meu Deus! Manheeee, mãeeeee!

Viver em cidades, viver em um grande aglomerado de pessoas, gera algo como uma consciência macro de certos acontecimentos. Não é uma pessoa que esta gritando, é o mundo. O grito que vem de um prédio quica pelos outros prédios e forma eco e revela o potencial que todos as construções da cidade tem para carregar coisas doentes. A consciência da doença é agora algo permanente, e o moribundo e descartável, por que logo outro toma o seu lugar. O ciclo não foi quebrado, da pra perceber que a vida não acaba, mas agora parece que ela segue o seu caminho continuamente doente.

- Mãeeeeeeee!

Freud estava certo em muitas coisas.

domingo, 3 de outubro de 2010

Fragmentos de uma literatura a ser construida

Condições meteorológicas

Emprestimos, datas e dúvidas
são o clima da aula
Bocejos aleatórios precipitam-se
dessa atmosfera altemente tediosa

A tempestade se aproxima
mas essa não contera pequeno habitos
em focos de sequidão
não, ela libertara
despertara todos de um topor facultativo
enxurradas de alívio e vigor molharam
vontade alheias



Nó de marinheiro

Um nó se forma por razões coerentes
originados por pura negligência racional

Ele prende vontades
e não deixa a atenção se expandir
os momentos de lucidez
são pequenas pausas entre
as voltas e reviravoltas que apertam ainda mais

Mas esse nó é instavel
como um laço onde as pontas que apertam
também desfazem

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Sonhos - Sonho I

A muito tempo que eu planejo postar sobre os sonhos que eu tenho. Não, digo postar os sonhos que eu tenho. Sem interpretações ou divagações, mas sim a história como ela se passou. Eu acho que isso ira me ajudar a ser mais articulado, vai ajudar o modo como expresso os meus pensamentos e também a lembrar dos sonhos que tenho, por que alguns são muito interessantes e com o passar do tempo eu simplesmente esqueço deles. Irei começar com o mais recente, que lembro com mais clareza. Vou prestar uma atenção especial especial aos sonhos mais bizarros também.


Eu estava no aterro do Flamengo junto com a minha mãe e minha irmã, não tenho certeza se eram apenas elas, mas é o que lembro agora. Comecei a perceber uma certa comoção, pessoas correndo, mais precisamente, pessoas correndo pra longe da praia do Flamengo. Então eu vi as coisas, não sei se eram alieniginas, criaturas das profundezas abissais ou de outra dimensão, apenas sei que elas eram muito estranhas e estavam invadindo o aterro, eram dos mais variados tamanhos, desde coisas de 6 a 15 metros até coisinhas do tamanho de cachorros ou um pouco maiores. É estranho, eu não me lembro se estavam realmente atacando as pessoas, mas me lembro que reagi. Eu peguei um pedaço de ferro de um dos camelôs que tinha por perto e voei em direção dos monstros. Eu podia voar, não era confortável como aparece na TV, mas sim um esforço constante como se eu estivesse correndo e se parece de me esforçar perderia velocidade e cairia. Voei em direção das coisas e comecei a ataca-las. A partir desse ponto eu esqueci de varias coisas, o que me lembro é que meus ataques foram fúteis, não tiveram nenhum efeito por isso eu voei para um tipo de base em alguma montanha que havia la perto, mas também não serviu para nada, ou ela estava sobre ataque ou estava vazia, não me lembro com precisão. Voei de volta para o aterro e tentei me comunicar, também não me lembro precisamente como me comunicava, apenas lembro que eu gritava com algo ou alguém, eu estava tentando ligar para Tony Stark, o Homem de Ferro, mas foi inútil, ele estava ocupado e não adiantou em nada. Percebi que não havia mais o que fazer, voei de volta para onde estava minha família peguei minha irmã e fui embora, voando.

domingo, 11 de janeiro de 2009